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Depoimentos dos aprovados - Julio Noronha

Amigos,


Em continuação ao post anterior, segue abaixo o depoimento de Julio Noronha, colega aprovado comigo no 27° Concurso para Procurador da República. Não preciso nem relembrar o quanto é importante aprender com aqueles que já foram aprovados nos concursos... É algo essencial. Vale a pena conferir!


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"É um prazer lhe escrever. Conte comigo para ajudar. Se conquistei a aprovação no MPF, certamente, foi em decorrência da ajuda que recebi de diversas pessoas. No entanto, acredito que ninguém, muito menos eu, tenha uma fórmula única para alcançar a aprovação. Entendo ser importante saber o conteúdo e a forma de estudo de vários colegas, até encontrarmos um caminho próprio.


É muito complicado dizer que determinado livro ou resumo é suficiente para passar ou não na primeira, segunda ou terceira etapa do concurso, uma vez que cada um de nós tem uma diferente bagagem. Além disso, cada um tem o seu momento (disponibilidade de tempo; disciplina; etc.).


Especificamente para o concurso do MPF, parece que haverá uma substancial alteração na banca. Ou seja, a bibliografia antes sempre indicada, pode ser alterada ou não.


De toda forma, repasso minhas impressões, colocando-me, desde já, à disposição para outras trocas de ideias.


Dica 01: Grupo de e-mails:

Acredito que os fóruns (como os do Correioweb) continuam sendo boas fontes de informações sobre concursos. No entanto, penso que os grupos de e-mails, em que diversas pessoas interessadas no mesmo certame trocam materiais e se auxiliam, são essenciais na preparação. Para o MPF, existe o grupo mpf2013@googlegroups.com. Neste grupo, os candidatos combinam de resumir obras dos examinadores. Isso já era formidável e, se houver a troca de integrantes da banca, será ainda mais importante. Há grupos tanto no “gmail”, como no “yahoo” e no “Facebook”. É importante procurar o contato de alguém que administre o grupo e pedir para entrar. Normalmente, pede-se uma contribuição na forma de ajuda no resumo de um livro.


Dica 02: Jurisprudência:

Estudei jurisprudência lendo informativos impressos diretamente dos sites do STJ e STF, depois pelo ESINF e, finalmente, pelo site www.dizerodireito.com.br. Este último VALE demais. Para mim, é algo essencial. A leitura dos informativos fica mais demorada (já que um informativo se transforma em 30, 40, 50 páginas), mas tudo fica muito claro. Na época da primeira etapa do 27º CPR, estava super afiado em jurisprudência, graças ao site Dizer o Direito.


Dica 03: Forma de estudo:

Se eu pudesse voltar no tempo, teria feito um estudo mais focado no edital do concurso. É muito importante para a primeira etapa, é essencial para a segunda etapa, e é tudo na terceira etapa. Acho que o ideal é pegar o edital e pegar ponto por ponto, criando esquemas de estudo e resumos que possam ser rapidamente revistos na segunda e na terceira etapa. Logicamente, isso é dentro de um mundo ideal, com todo o tempo para estudar. A ideia do “Santo Graal” é exatamente essa. Tal material, com todas as suas insuficiências em alguns pontos, é ótimo. Imagino que seja ainda melhor quando feito, complementado pelo próprio candidato.


Dica 04: Treinos:

Meu aproveitamento na primeira etapa de concursos cresceu muito quando passei a dedicar um tempo semanal à resolução de questões (os livros da editora FOCO, especialmente aquele com 15.000 questões, são ótimos; pois apresentam diferentes formas de ver o mesmo assunto). Na segunda etapa, o livro “Manual do Procurador da República” é essencial. Além disso, fazer algumas peças é muito bacana (para não se perder nos relatórios das peças, dentre outros “descaminhos”). Para a prova oral, é muito importante treinar com colegas simulações de perguntas (aqui no Rio, fizemos um grupo de 4 candidatos, com encontros semanais após o resultado da segunda etapa).


Dica 05: Lei seca:

Cada um tem o seu método de estudo: tenho um grande amigo Promotor de Justiça que disse nunca ter lido lei seca para a sua preparação para concursos. Eu sempre gostei. Estudei pelo Vade Mecum da Rideel, desde o começo de minha preparação, o que me ajudou na memória visual. Marcava com diferentes cores de marca-texto: atribuições/menções relacionadas a magistrado; atribuições/menções relacionadas a MP; palavra-chave; etc.. Li todas a leis de “Direito Administrativo” muitas vezes; a CR muitas vezes; e determinadas leis esparsas também (Parte Geral do CP, CC, CPC, CPP). Para mim, ajudou muito.


Dica 06: Bibliografia:

Quanto mais conheço candidatos aprovados em bons concursos, mais tenho a certeza de que não existe um livro, resumo único ou mais apropriado para cada disciplina. Cada um tem a sua preferência, e o seu “histórico jurídico” (o que leu antes, o que prefere). Mais importante do que a fonte de estudo é o que estudar (e isso é fácil: ponto a ponto o edital!). Aos livros e manuais, somam-se a leitura, a releitura, e a esquematização do “Santo Graal”. Li alguns livros integralmente, mas, a maioria, li as partes que julgava mais importante ou que supririam a minha deficiência em certo tema. Assim, envio minhas impressões abaixo, sem qualquer pretensão de ser o único ou o melhor caminho (em cada matéria, coloco, no início, as observações do PR Marcelo Malheiros, publicadas em http://www.edilsonvitorelli.com/2013/05/dicas-quentes-para-o-27-concurso.html, que me auxiliaram a direcionar os estudos, especialmente na segunda etapa). Coloquei apenas os principais livros que li, sendo que, nos grupos de e-mails que mencionei, já há o resumo de diversas obras que menciono. Por fim, acho que, se o examinador escreveu algum livro, é muito importante ler (como o Gueiros em Direito Penal e o Sanseverino em Direito Eleitoral)."

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